O ritmo do meu Governo é acelerado, de quem tem responsabilidade muito grande com a sociedade”
Se alguém em Sergipe, sobretudo na oposição, achou que o então deputado federal Fábio Mitidieri, 46 anos, PSD, sonhou com um Governo do Estado apenas para preencher seu ego de político, caiu do cavalo e perdeu o bonde do pensamento.
Fábio Mitidieri além de ter feito por onde chegar lá, tem levado muitíssimo a sério a sua missão de governar Sergipe e pensar alto em nome de um Estado com 2,2 milhões de sergipanos. De posse do mandato, ele revelou-se inquieto, focado, planejado e, sobretudo, transigente em suas relações políticas. Gosta de amalgamar, como alguém que pensa bem mais à frente.
Isso vai do aprofundamento das boas cumplicidades com o prefeito Edvaldo Nogueira a uma anexação positiva, propositiva, produtiva e sobretudo republicana do ministro petista Marcio Macedo, que é do PT.
Em apenas um ano, o fôlego e a ousadia de Fábio Mitidieri foram suficientes para fazer Sergipe voltar a pensar de novo em obras infra estruturantes, como as três pontes que sinalizam na paisagem de possibilidades – as duas da Grande Aracaju e a de Neópolis-Penedo.
O fôlego e a ousadia de Fábio Mitidieri foram suficientes para fazer Sergipe pensar como nunca antes pensou num turismo turbinado – e não é só na teoria.
Por trás de tudo isso, têm-se um gestor público quase tomado por uma certa compulsão pelo trabalho. Os observadores mais antigos ficam até a fazer uma fusão do estilo dele com o do ex-governador de três mandatos João Alves Filho.
Fábio Mitidieri não desaprova e nem deprecia totalmente a comparação. “Eu não preciso copiar ninguém. Eu até acho muito legal essa comparação com o ex-governador João Alves, porque foi um gestor que marcou Sergipe pelo desenvolvimento. Mas eu gosto de dizer que eu não quero ser o segundo João. Quero ser o primeiro Fábio”, diz o governador.
Aprovando ou depreciando as comparações, Fábio Mitidieri singra bem os mares das dificuldades com sua nau governativa. Aliás, com um olhar mais para o positivismo do que para lamúrias, o governador não nutre inclinação para visualizar dificuldades.
“Nós entregamos, no ano de 2023, muitas ações que entendemos que ajudaram muito a vida dos sergipanos. A ideia é colocar Sergipe como um Estado que, embora seja pequeno, tenha um grande potencial e que possa gerar emprego e renda, e melhorar a vida dos sergipanos através do desenvolvimento”, diz Fábio.
“Queremos seguir aquela regrinha que é muito válida: o melhor programa social que existe é o emprego, e isso a gente tem buscado. Todas as nossas ações até agora focaram na geração de emprego”, diz.
Para isso, o governador conseguiu nestes primeiros 12 meses de gestão obter empréstimos de R$ 600 milhões, que vão ajudar a semear essa infraestrutura do “programa social que é o emprego”.E antes que a oposição se arme de críticas contra isso, Fábio Mitidieri apresenta o antídoto. “Sergipe é um dos Estados mais enxutos do Brasil.
Hoje estamos com 23% da receita corrente líquida comprometida de um limite é 200%. Um dos Estados menos endividados do Brasil, para que a gente possa ter essa noção do quanto nós estamos, graças a Deus, com a casa bem organizada”, diz ele.
Fábio Mitidieri admite que acertou numa boa equipe de secretários e vê a todos muito focados na missão de bem gerir. “Ninguém faz nada só. O sucesso dessa gestão é justamente ter uma equipe nova e motivada, toda ela entendendo o ritmo do Governo. Que é um ritmo acelerado mesmo. Um ritmo de um Governo que tem uma responsabilidade muito grande com a sociedade”, reforça.
Mais do que isso: Fábio alinhou seu Governo com o da Presidência da República, e diz que se sente acolhido. A começar pela sua boa relação institucional, e “muito republicana”, com o ministro Marcio Macedo, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
“O ministro Marcio Macedo tem nos ajudado e eu gosto de chamá-lo de o embaixador de Sergipe em Brasília. A gente não caminhou juntos nas eleições de 2022, mas acabou o processo eleitoral e ele e eu tivemos maturidade, descemos do palanque e entendemos que é o momento de fazer Sergipe crescer e avançar.
Quando você tem um ministro de Estado que é sergipano e um governador que tem dado sustentação ao Governo Federal, é hora de a gente juntar forças para que Sergipe possa aproveitar esse momento. Marcio é de uma importância muito grande na intermediação, no diálogo que tem sido feito entre Sergipe e Brasília”, diz.
Nesta Entrevista Domingueira, Fábio Mitidieri reconhece a força e o poder da parceria política e administrativa entre ele e o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, PDT.
Diz que Luiz Roberto, o pré-candidato do PDT a prefeito da capital, é um nome bom e que será o seu candidato. Reconhece o peso político positivo da primeira-dama Érica Mitidieri, mas vai logo descartando institucionalmente o nome dela para vice-prefeita de Aracaju.
Fábio vai afirmar ser fã incondicional das delegadas Katarina Feitoza, deputada federal, e Daniele Garcia, secretária de Estado, e fará uma declaração de afeto e de respeito ao pai, Luiz Mitidieri, enquanto pessoa pública e como seu conselheiro político.
Fábio Cruz Mitidieri nasceu em Aracaju no dia 24 de fevereiro de 1977. É filho de Luiz Antônio Mitidieri e de Sônia Maria Cruz Mitidieri.
É casado com Érica Lima Cavalcante Mitidieri que, além de primeira-dama, desempenha o papel de secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania, e com quem tem três filhos – Luiz Antônio Mitidieri Neto, 28 anos, Ana Célia Cavalcante Mitidieri, 22, e Sophia Cavalcante Mitidieri,