Jeferson Andrade: “Queremos uma Petrobras brasileira, com gente daqui, e que as divisas fiquem em nosso país”Compartilhar

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Jeferson Andrade: que os futuros funcionários venham de Sergipe ou de Alagoas

Inspirando-se num movimento nacional que perpassa outros Estados e até o Congresso Nacional, e sobretudo mirando o desmonte da Petrobras em terras sergipanas, a Assembleia Legislativa de Sergipe está em fase de montagem da Frente Parlamentar Estadual em Defesa da Petrobras.

Ela não é e nem será algo para brincadeira ou pra fazer fumaça na mídia. Já tem assinaturas de 16 dos 24 deputados estaduais, e o presidente Jeferson Andrade, PSD, quer levar à exaustão o debate sobre o desmonte da Petrobras em Sergipe com a pretensão de fazer com que ela retome suas atividades nos moldes do que era antes.

Sobretudo, adverte Jeferson Andrade, levando em conta o que promete o Projeto Sergipe Águas Profundas, com sua alta potencialidade de gás e óleo no alto mar e a luta para sua implantação já há uma década.

“Ela será permanente. A sua permanência se dará exatamente por causa dessa existência do gás e óleo do Projeto Sergipe de Águas Profundas que promete uma nova realidade petrolífera em nosso Estado”, diz Jeferson.

“Isso vai demandar um olhar atento do Poder Legislativo Estadual, sem dúvida. Isso é algo que vai permear o futuro do Estado por bem mais de 20 anos e nós vamos querer saber o que houve nos anos dourados da Petrobras em Sergipe, o que há agora e como vai ser esse novo tempo futuro”, diz.

Mais do que isso. “Nós queremos uma Petrobras brasileira, com gente daqui, para que as divisas geradas por ela fiquem em Sergipe e em nosso país”, reforça o presidente da Alese. Veja a seguir um breve bate papo entre Jeferson Andrade e a Coluna Aparte.

Aparte – De onde surgiu essa ideia de se criar uma frente em defesa do retorno da atuação da Petrobras em Sergipe como era antes e que a Alese dará o nome de Frente Parlamentar Estadual em Defesa da Petrobras?

Jeferson Andrade – Vem de uma série de fatores e de interesses. Nós tivemos várias reuniões sobre este tema desde o mandato anterior e essa é uma causa que muitos deputados defendem aqui no Parlamento Estadual, como Luciano Pimentel. Temos andado e visitado outras regiões que têm o petróleo como fonte de renda e de desenvolvimento, mas o start maior para esta Frente se deu com aquela questão da Carmo Energy, que gerou uma dúvida de que poderia cumprir ou não cumprir contratos – só que ela pagou os valores – e temos ainda aqui na Casa um grande mestre conhecedor destas questões, que é Theotônio Neto, filho de Carmópolis, onde começa a história do petróleo sergipano, que nos estimulou mais para essa ideia juntamente com nossa assessoria geral. Comunicamos o objetivo a outros deputados que acharam muito bom, e aí implementamos a criação dela.

Aparte – E no seu ponto de vista, esta Frente é significativa para a possibilidade de se reativar a Petrobras em Sergipe nos moldes que era antes?

JA – Eu a considero importantíssima. A começar pelo fato de que ela não será uma Frente partidária. Será uma instituição ampla e plural. Queremos ouvir deputados estaduais, federais, o senadores – a deputada federal Katarina Feitoza já se comprometeu, por exemplo. Vamos ouvir técnicos do Governo Federal, da própria Petrobras. Pessoas que detém conhecimento da causa, que já trabalharam na Petrobras. Nossa pretensão é a de ouvir os municípios que são produtores e beneficiados diretos, mas também a todos os demais beneficiados indiretos, afinal quando há divisas no Estado são divididas entre todos os municípios. Nós vamos querer englobar as Câmaras de Vereadores, que são porta-vozes ativas das comunidades. Queremos abraçar o máximo possível de atores nessa questão – tanto na esfera local estadual quanto na nacional. Se for necessário e possível, até internacional.

Aparte – A ideia precisa ser aprovada em plenário?

JA – Não. Basta que haja assinaturas de parlamentares e até a quinta-feira, 7, nós já dispúnhamos do ok de 16 dos 24 deputados estaduais.

Aparte – O senhor acha que vai ter algum parlamentar que não queira assinar?

JA – Não acho. Pelo que soube, alguns não estiveram presentes no dia do lançamento dela e nem estavam no dia 7.

Aparte – Já está decidido quem vai presidi-la?

JA – Ainda não, e vamos decidir isso com todo mundo, exatamente para não criar nenhuma polarização.

Aparte – Ela nasce com um prazo de validade a ser cumprido?

JA – Não. Ela será permanente. A sua permanência se dará exatamente por causa dessa existência do gás e óleo do Projeto Sergipe de Águas Profundas que promete uma nova realidade petrolífera em nosso Estado. Isso vai demandar um olhar atendo do Poder Legislativo Estadual, sem dúvida. Isso é algo que vai permear o futuro do Estado por bem mais de 20 anos e nós vamos querer saber o que houve nos anos dourados da Petrobras em Sergipe, o que há agora e como vai ser esse novo tempo futuro.

Aparte – Portanto, como o senhor diz, essa Frente vai ser lincada a essa nova realidade prometida do óleo e gás…

JA – Sem dúvida. Nós recebemos aqui e conversamos com o presidente da Federação Única dos Petroleiros, Raimundo Teles, e ele se manifestou muito preocupado em virtude de a Petrobras vir sendo desmontada ultimamente. A preocupação dele, que eu acho justa, é a de que os futuros funcionários dessa nova Petrobras não venham de Sergipe ou de Alagoas,e que sejam terceirizadas e até de origem internacional. Nós queremos uma Petrobras brasileira, com gente daqui, para que as divisas geradas por ela fiquem em Sergipe e em nosso país.

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