Empresário defende mais apoio do governo às empresas com pedidos de recuperação judicial
A notícia de que o Brasil bateu recorde de pedidos de recuperação judicial de empresas, especialmente por conta do cenário que foi ainda pior para companhias de micro e pequeno porte, levou o empresário Lauro Antônio Teixeira Menezes a lamentar o fato e, ao mesmo tempo, apelar para que o Governo Federal, especialmente, possa fazer algo para ajudar essas empresas a saírem dessa situação nada interessante para elas e também para a economia do país.
Afinal, o Brasil registrou, em 2024, nada menos que 2.273 pedidos de recuperação judicial feitos por empresas. É o maior índice contabilizado desde o início da série histórica (2014), segundo o Indicador de Falência e Recuperação Judicial da Serasa Experian, e representou um aumento de 61,8% de pedidos em relação a 2023. O cenário supera apenas aquele observado em 2016, quando o país registrou 1.863 pedidos.
Na visão do empresário sergipano, o levantamento mostrou que o cenário foi ainda pior para as Micro e Pequenas Empresas, que puxaram a alta das solicitações por registrarem 1.676 requerimentos, um aumento de 78,4% em relação a 2023. Um fato lamentável já que são elas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País, juntas representam 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos. Em seguida, apareceram as médias e grandes companhias, com 416 e 181, respectivamente.
PEDIDOS DE FALÊNCIA – Com relação aos “pedidos de falência” Lauro Antônio destaca que, em 2024, as empresas no Brasil apresentaram 949 pedidos de falência, indicando uma queda de 3,5% na variação anual do indicador. Nesse aspecto, as “Micro e Pequenas” tiveram a maior parcela nos requerimentos, com 578, seguidas pelas companhias de médio porte (189) e as grandes (182).
Já setor de Serviços lidera a lista com o maior número de pedidos de falência, com 416, seguido por Comércio (292), Indústria (238), e Primário (3). Tudo isso, na avaliação do empresário Lauro Antônio, é “um cenário mais do que preocupante, de modo especial agora que o Brasil precisa crescer mais ainda para gerar novas oportunidades de trabalho e, consequentemente, de mais renda para melhorar a qualidade de vida de todos”.