Choro e Revolta no Recadastramento do Programa “Comida na Mesa” em Barra dos Coqueiros
Por Cláudio Vasconcelos
25 de março de 2025
O clima é de desespero e indignação no setor responsável pelo programa Comida na Mesa em Barra dos Coqueiros. Desde o início do recadastramento, centenas de moradores que dependem do benefício têm sido surpreendidos ao descobrirem que seus nomes foram cortados sem aviso prévio, deixando-os sem acesso a um dos principais programas de segurança alimentar do município.
Criado em 2007, o Comida na Mesa é uma política pública essencial para garantir alimentação às famílias em situação de vulnerabilidade. No entanto, o processo atual de recadastramento tem excluído milhares de beneficiários, gerando revolta na população.
Lágrimas e Indignação
Mães de família, idosos e desempregados saem do setor de atendimento chorando e sem respostas concretas sobre o motivo da exclusão.
> “Cheguei cedo, com toda a documentação exigida, mas quando fui chamada, me disseram que meu nome não estava mais na lista. Como vou alimentar meus filhos agora? Isso é uma crueldade!”, desabafou Maria José, moradora do bairro Baixo.
Casos como o dela se repetem todos os dias, enquanto a prefeitura mantém silêncio sobre os critérios usados para os cortes.
Sem Explicação, Sem Alternativa
Apesar da enorme repercussão negativa, a administração municipal ainda não esclareceu os motivos da exclusão em massa de beneficiários. A falta de transparência e a ausência de um plano emergencial para essas famílias aumentam o desespero e o sentimento de abandono.
Para lideranças comunitárias, o corte no programa é um retrocesso social que pode agravar ainda mais a fome e a pobreza no município.
> “Isso é um absurdo! São pessoas que realmente precisam e que agora não sabem como vão garantir o básico dentro de casa. O prefeito precisa dar uma resposta urgente”, cobrou João Batista, líder comunitário da Atalaia Nova.
Com o aumento da pressão popular e a repercussão do caso, a expectativa é que a prefeitura reavalie os cortes e dê explicações concretas à população. Enquanto isso, milhares de famílias vivem dias de incerteza, sem saber como colocar comida na mesa.
