Jornalista lança livro sobre a estúpida morte de Genivaldo
A jornalista Franciele Oliveira lança, nesta terça-feira (26), o livro-reportagem “Quem protege quem? O caso Genivaldo e o medo da polícia”. A noite de autógrafos coincide com um marco importante: o início do júri popular dos três ex-policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, que ocorreu em 25 de maio de 2022, no município sergipano de Umbaúba. O lançamento do livro está agendado para às 19 horas, na Biblioteca Pública Epiphânio Dória, em Aracaju.
O livro traz a narrativa do caso de Genivaldo e o usa como fio condutor para discutir questões relacionadas aos direitos humanos, além de analisar a atuação de polícias que operam em espaços públicos, com destaque para a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A narrativa também propõe reflexões sobre o perfil, a formação dos agentes, os impactos das abordagens policiais no Brasil e traz relatos e perspectivas de quem vivenciou ou testemunhou essas situações.
Fruto do trabalho de conclusão de curso, iniciado no final de 2022 e defendido em maio de 2023, a escolha do tema do livro se deu pela proximidade com o caso e a urgência de pautar o assunto para além de matérias e postagens em redes sociais. A publicação é feita de forma independente e tem por objetivo informar e promover um debate sobre segurança pública, justiça e a relação entre Estado e cidadão em espaços públicos.
“Ouvir depoimentos de pessoas próximas e acompanhar de perto o impacto que o assassinato de Genivaldo causou na cidade me fizeram refletir sobre a violência policial de maneira mais ampla. Ler matérias e assistir vídeos sobre o dia do ocorrido gerou angústia e necessidade de protestar contra esse assunto, de forma que saísse da bolha das postagens nas redes sociais. Assim, de certa forma, foi o tema desse livro que me escolheu”, analisa a escritora Franciele Oliveira.