Marcos Andrade e Breno França disputam nova eleição na Fecomércio nesta quinta, 19
jozailton lima
Após imbróglios judiciais e decisão do Tribunal Regional do Trabalho – TRT-SE – de anular o resultado da eleição 2022, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe – Fecomércio – realiza nesta quinta-feira, 19, um novo e quem sabe definitivo pleito eleitoral para escolher o presidente da entidade que irá concluir o quadriênio 2022/2026.
Em conversa com a Coluna Aparte, o presidente interino da Fecomércio, Fernando Carvalho, confirmou a realização da eleição. Eleito provisoriamente em agosto, ele foi incumbido da missão de preparar a entidade para uma eleição definitiva, visto que o pleito que escolheu Marcos Andrade em 2022 foi anulado.
Para a eleição desta quinta, nenhuma novidade: concorrem à Presidência da Fecomércio, que engloba o Serviço Social do Comércio – Sesc – e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac –, os empresários Marcos Andrade e Breno França, as mesmas chapas da eleição do ano passado.
SEM UNIÃO DE CHAPAS – Em entrevista à Aparte em meados de setembro, Fernando Carvalho cogitou uma eleição diferente na Fecomércio, com chapa única, esperançoso de conseguir unir as duas chapas e apaziguar os ânimos na entidade. Mas não logrou êxito. “Não conseguimos consenso”, informou o presidente interino.
Quem seria o culpado da desunião? A chapa encabeçada por Breno, segundo Fernando Carvalho. “É aquela história: eles insistem que dois dos 12 membros não podem votar e isso é um empecilho para qualquer composição”, disse o presidente. A Fecomércio é composta por 12 sindicatos associados, que terão direito a voto no pleito.
Enquanto a chapa de Breno França defende a tese de que dois dos 12 votantes da eleição passada que tinham incompatibilidades legais continuam incompatíveis, Fernando Carvalho – apoiador da chapa de Marcos Andrade – não vê nenhuma ilegalidade. “Durante essa semana, tiveram aí três tentativas de tirar eles (dois votantes) de votação e tiveram liminares negadas três vezes”, informou.
NO RIGOR DA LEI – No ponto de vista de Fernando Carvalho, uma vez realizado o pleito nesta quinta, não haverá nenhum problema judicial depois. “Eu não vejo por quê. A eleição está sendo acompanhada pelo Ministério Público do Trabalho, seguindo exatamente todas as premissas que foram dadas pelo acórdão da Justiça do Trabalho e acompanhada pelo Ministério Público. Estou seguro de que esta eleição não será anulada”, finalizou.